24 de set. de 2010

Dicas de DE e DF para quem ainda não tem candidato

Vejo na minha faculdade, no meu curso de teatro no Macunaíma, entre amigos, que muitas pessoas ainda não tem candidato à Deputado Estadual e/ou Federal. Resolvi criar um post falando dos meus candidatos para ver se trago a luz às pessoas!
Quem me conhece já deve saber em quem vou votar antes mesmo d'eu falar, né. Mas enfim. Acertou quem pensou nos dois candidatos do PV: Feliciano (Estadual) e Vicente da UPA (Federal). Eu sempre me interessei pela segurança dos animais domésticos abandonados aqui em Campinas e região (principalmente, mesmo porque vou enlouquecer se for pensar em todos os cães e gatos que são abandonados pelo mundo todo). E, embora algumas pessoas reclamem do Feliciano, sempre digo a mesma coisa: ruim com ele, pior sem ele. Pois Feliciano é o único (pelo menos aqui em São Paulo) que propõe leis pela segurança dos animais, e, portanto, o único que conquistou realmente meu coração :} (sim, piegas, mas fazer o que).

Vamos ao que interessa: Por que Feliciano é candidato à reeleição e por que Vicente da UPA para Federal?

Como São Paulo é exemplo pro Brasil inteiro, Feliciano quer tornar o Estado modelo na questão animal, pois há vários projetos e iniciativas em andamento. Segundo ele, o mais difícil, que era a criação da base jurídica e os programas de castração e identificação dos animais já foi conseguido. Em seu próximo mandato, pretende castrar e identificar animais em mais de 50% das cidades em convênio com o Governo do Estado.
Já Vicente, é o atual presidente da UPA – União Protetora dos Animais – e vereador da causa animal em Campinas. É autor do projeto de Lei que obriga o CCZ – Centro de Controle de Zoonoses - a dar atendimento gratuito aos animais da população carente. Junto com Feliciano, fez um projeto de Lei que foi protocolado pela bancada do PV em Brasília, que aumenta a pena para quem comete crimes contra animais. Por isso precisamos dele em Brasília, para que ele lute pela aprovação da lei e punir justamente quem maltrate animais.

Morte nas carrocinhas nunca mais! – LEI 12.916/08: a Lei Feliciano proíbe a matança indiscriminada de cães e gatos nos canis municipais, deu direitos ao cão comunitário e criou, como já dito, programas de castração e identificação dos animais no Estado em convênio com os municípios.

Outras iniciativas tramitando:

  • Castração gratuita de animais da população carente
  • Atendimento gratuito aos animais da população carente
  • Proibição do envio de animais recolhidos nas ruas para experimentos
  • Proibição de animais em circo no Estado de São Paulo
  • Obriga fabricantes a informar no rótulo se os produtos foram testados em animais ou se tem origem animal
  • Obrigação de contraprova em animais com suspeita de Leishmaniose (para proteger os animais da população pobre)
  • Criação do Fundo Estatal de Defesa Animal – FEDA
  • Criação da frente parlamentar de defesa dos animais
  • Criação de grupo para trabalhar com a questão dos animais silvestres e exóticos
  • Solicitação de delegacias exclusivas e especiais para atender denúncias de crimes contra animais e meio ambiente
  • Pedido de promotorias especiais e grupo de promotores para atender denúncias de crimes contra animais
  • Aumento da pena para crimes contra animais (projeto de Lei enviado para a bancada do PV em Brasília)
Feliciano Filho e a União Protetora dos Animais receberam dia 28 de maio de 2010 o prêmio “Liderança Mundial Brilhante”, um reconhecimento ao trabalho desenvolvido pelo ativista da causa animal como deputado e fundador da UPA.

Feliciano Estadual: 43007
Vicente da UPA Federal: 430
7



PS: O post passado Leitura foi um estudo para uma prova que fiz terça feira, a qual não sei como fui, pois a prova mesmo foi muito subjetiva. Não tenho idéia de como a professora, que defende tanto a visão interacionista de leitura vai corrigi-la, enfim. Esqueci de citar a visão Essencialista de leitura, onde o leitor tem de encarar a obra como verdade absoluta. Espero que tenham gostado :)

20 de set. de 2010

Leitura

O que é ler? Como se deve ler? A verdade é que a única coisa de fato que uma pessoa DEVA fazer ao ler alguma obra, é seguir seus próprios instintos, usar suas razões (Woolf). O que sabemos é que ler um processo lento; muito mais complicado do que a ação de ver. Ler um romance é uma arte complexa e difícil, o leitor tem que ser capaz de fazer grande proveito de sua imaginação para que se possa explorar tudo o que o romancista lhe oferece.
Existem dois tipos de leitura: a leitura estruturalista - a mais valorizada pelos professores; aquela que o leitor lê um texto tentando decifrar seu sentido que estaria ali, explicíto em algum lugar da obra - e a leitura interacionista - onde o leitor, o observador da obra a lê interpretando-a, atribuindo-a vários sentidos possíveis. Essa segunda torna o leitor um agente ativo na produção de uma obra, tendo um papel quase tão importante quanto o do autor, ao escrevê-la. Nesse caso, podemos considerar a leitura um sinônimo de compreensão, que se distingue do ato de interpretação que estaria localizada em uma estapa posterior, impregnada das experiências e opiniões pessoais (Coracini).
Partindo desse segundo tipo de leitura, sabemos que, por mais que o texto tente nos dar direções, como uma bula de remédio, por exemplo, ou até um manual de instruções, toda vez que o lemos, rompemos com sua lineariedade, transgredindo-o, fazendo-o, desfazendo-o, refazendo-o, sempre mergulhando nele, criando, a cada olhar uma nova leitura. Ler, compreender, interpretar ou produzir sentido é uma questão de percepção, de posição enunciativa.
A leitura de um leitor sempre será influenciada pelo ambiente em que vive. Por exemplo, hoje em dia o padrão de beleza não é o mesmo do século XVI; as mulheres lutam para se sentirem "magras e bonitas" se sujeitando até a regimes absurdos para isso, enquanto antigamente a mulher "gostosa" era a gordinha, cheinha. O que um homem dessa época, so séc. XVI, diria vendo as modelos de passarela dos dias de hoje? Como eles interpretariam uma obra, uma foto, uma pintura, com alguma dessas modelos?
Sendo assim, a identidade do leitor nunca será única. É ilusão acharmos que não somos influenciáveis. Pensaremos sempre no que as pessoas ao nosso redor acham de nós (por mais que neguemos isso), formando uma identidade que não é inteiramente só nossa, e é fundamental sempre na hora de interpretarmos um texto, uma pintura, ou qualquer outro tipo de arte. Porém é como Virginia Woolf diz, devemos tentar não criticar logo de início, tentar abrir nossa mente o máximo que conseguirmos, para só assim fazermos uma leitura plena de um texto.
Depois disso tudo, depois de analisarmos o leitor, devemos analisar o papel de um autor na obra. Até que ponto podemos deixar a biografia do autor influenciar na nossa interpretação de sua criação? Não podemos. Assim que publica sua obra, devemos considerar a morte do autor. Para que naça o leitor, o autor tem de morrer. Para conseguirmos apreciar de verdade a obra, não podemos nos deixar influenciar pela vida do autor, pelo que ele fez, pelas suas atitudes. Devemos julgar o recheio obra, e não quem a criou.
A escritura é a destruição de toda voz, de toda origem. Ela é este neutro, esse composto, esse oblíquo pelo qual foge o nosso sujeito, o branco-e-preto em que vem se perder toda identidade, a começar pela do corpo que se escreve (Barthes).
Concluindo, digo que para lermos temo que tentar nos libertar de quem somos, o máximo que conseguirmos. Para compreender realmente uma obra devemos nos libertar do autor, devemos sempre permanecer leitores, sem nos tornarmos críticos. Aprecio muito mais leitura interacionista do que a estruturalista - é por isso que sempre achei errado provas de "Interpretação de Texto" nas escolas, tirando dos aluns, em sua posição como leitores, de interpretar um texto conforme sua natureza. Ninguém pode ser considerado superior o bastante para se por em posição de decidir como alguém deveria interpretar um texto.

Referências bibliográficas:

CORACINI, Maria José. Concepções de leitura na (pós-)modernidade. In: Linguagem em (Dis)curso, vol. 6. São João da Boa Vista, SP: Unifeob, 2005.

WOOLF, Virginia. Como se deve ler um livro? In: O leitor comum. Rio de Janeiro, RJ: Graphia, 2007.

BARTHES, Roland. A morte do autor. In: O rumor da língua. São Paulo, SP: Câmara Brasileiro do Livro, 2004.

16 de set. de 2010

Vai votar em quem?

Ok, primeiro de tudo: eu acho extremamente errado as pessoas chegarem pra mim como andam fazendo lá na faculdade e ficarem tratando política como futebol; tentando me convencer que seu time é melhor que o meu e por isso eu devia torcer pra ele e desistir do meu. Não é simples assim, galere! Se nem futebol é assim, imagine só na corrida eleitoral pra presidência.
Segundo: eu simplesmente odeio protestinhos clichês como “OMG esses dois partidos potencia vão acabar com o Brasil, vamo todo mundo vota no EYMAEL porque ele é um democrata cristão e vai acaba com a pobreza OMG OMG”. Não venha me encher o saco com isso, POR FAVOR.
Enfim, cá estava eu lá sentada com Renatinha, minha amiga futura letrista-advogada, mó de boa sentada quando vem a Bia perguntando em quem a gente ia votar. Ambas respondemos, com nossos candidatos diferentes um do outro, o meu sendo um dos candidatos dos “partidos potência” e o da Rê sendo um candidato que eu até gosto, mas que é daquele partido que adota a filosofia “contra tudo e todos”, porém nenhum deles sendo Marina Silva.
E aí começou, MELDELS como assim vocês não vão votar na Marina? Mas ela é tão fodona... Aí vem, porque ela fez isso, porque ela fez aquilo, chega a Anne, começa a falar a mesma coisa. Vem a Bruna e diz que vai votar no mesmo candidato que o meu e aí eu e Renata saímos e deixamos ela ser vítima sozinha do discurso pró Marina das duas. (Que fique claro que todas citadas aqui são minhas amigas, esse post não tem intenção de falar mal de ninguém, ENTENDEM?)
Gente, vem cá. Eu gosto da Marina, gosto muito mesmo. Sério. Mas eu gosto mais do discurso político do meu candidato. Fazer o que? Eu tenho direito de votar em quem eu quiser, e se eu fosse andando por ai falando pra todo mundo “Nossa, Dilma? Cruz credo! Vota no meu aqui ó, adesivinho pro cê” eu tava é perdida. Porque todo mundo sabe que eu não gosto mesmo da Dilma. Só que que eu tenho a ver com quem vai votar nela? Tudo bem que a maioria das pessoas que votam nela são aquelas que se iludem com o que vêem no horário político da TV com o Lula falando “Votem na Dilma por que ela vai terminar de tirar o Brasil da miséria de vez” (aham, senta lá, Lula) e não tem acesso às verdadeiras informações encontradas em jornais, revistas e, principalmente, Internet. Sem falar na riqueza da TV paga, né.
Tá, o ponto principal desse post é apenas protestar depois da aula de ontem, quando tudo isso aconteceu. Se você acha que meu candidato é ruim, malvado, vai “afundar o Brasil” ou qualquer coisa parecida, o problema é seu. Por favor, não tente me convencer do contrário. O dever de voto do cidadão é individual e, para mim, não influenciável. Eu acho que meu candidato fez um ótimo trabalho como governador, as filhas da minha faxineira só conseguiram fazer algo depois da escola por causa das ETECs que ele criou e, sim, eu pesquisei sobre ele antes de me decidir. Vocês deveriam fazer o mesmo. Mas como é só o Victor que vai ler isso aqui, eu tenho certeza que ele já fez isso. :) Só não aguento discursozinho de revolucionário de sofá me dizendo que meu candidato não é bom o bastante.

BEIJOS!

4 de set. de 2010

Break

Hm, pois é. Eu cheguei aqui no Brasil dia 8 de Agosto e não tive tempo e nem humor pra postar aqui, sorry. Coisas boas aconteceram e tudo mais, mas coisas muito ruins também (AVC da vovó, Dilma ganhando no primeiro turno, etc). Além das matérias extremamente chatas desse semestre da faculdade que estão me matando.
Enfim, gente. Nem sei quando vou postar aqui de novo. Provavelmente quando algo interessante voltar a acontecer. Interessante o bastante pra me botar no humor pra postar novamente...
Laís, seu presente de aniversário tá aqui em casa ainda menins.

Beijos

PS: gente e o Plínio, hein? Acho que ele é legal e tudo mais, mas aquele cara morreu há anos e esqueceram de falar pra ele ._. tadinho.