Continuação do post de ontem. :*
Florença
Florença é uma cidade fundada durante o Império Romano. O exército romano invade uma pequena cidade chamada Frézole no centro norte da Itália, fazendo-a se tornar uma cidade romana, que acaba crescendo muito. Mas quando o império acaba, Florença entra em decadência, mas não morre. Passado o grande período ela se torna uma cidade mercantil, e, sendo a beira do rio, desenvolve uma feira dominical.
Assim, há um mercado que se desenvolve na cidade de Florença, e quando chegava o inverno, eles se dedicavam a lã, que era produzida dentro das casas. O que acontecia, então, é que nessa feira dominical, as pessoas vendiam, entre outras coisas, tecidos. Surge uma otimização da economia da lã. Com os navios florentinos, acabam surgindo mercados com produtos da lã em outras cidades. Pela primeira vez na história, monta-se um esquema de produção em que trabalhadores especializados em algo são contratados. É assim que começam a surgir os primeiros profissionais, trabalhadores que ganham dinheiro para exercer uma certa atividade. Isso tem como efeito uma eficiência econômica muito grande, de modo que Florença é capaz de absorver cidades com sua produção de lã.
Sendo uma cidade mercantil, Florença acaba desenvolvendo o banco, o que faz com que alguns banqueiros florentinos abram agencias de seus bancos em várias capitais européias. Uma série de coisas são os florentinos que inventam, inclusive a moeda interna, o florem. Desse modo, Florença desenvolve muitas práticas capitalistas, virando uma próspera cidade burguesa, capitalista e mercantil. O que acaba ocorrendo é o desaparecimento da nobreza florentina, pois os nobres não têm escolha a não ser se dedicar também ao comércio, que é uma atividade vil. Torna-se então a primeira cidade em que a burguesia é a classe dominante. Até existiam pessoas com títulos de nobreza, mas estes não serviam para nada.
Gradativamente, surgem famílias muito ricas e poderosas, e que acabam se tornando muitas da cidade. Quando Florença vai crescendo e se espalhando, surgem os chamados “quartieiri”, que são pequenos “bairros”, cada um comandado por sua família dominante. Assim sendo, quem dominaria todo esse conjunto de quartieiris que era Florença? Primeiro, teria de haver uma eleição. Depois, teria de ser alguém que fosse reconhecido por todas as famílias como responsável para tomar conta de toda a cidade. Portando, Florença seria uma democracia. Era uma cidade com um grande número de famílias poderosas, onde nenhuma delas poderia ter o poder. Porém, alguma dessas famílias vai ter um de seus membros no poder, em algum cargo. Votariam todos os homens livres, sendo uns trinta. Estes nomeiam cinco, que por sua vez nomeiam cinqüenta, e assim vai, até que finalmente “surge” um eleito.
Isto tudo condena Florença a ser uma cidade sem exército, pois com ele existiriam muitas guerras entre estas famílias. O que acontece então é que a discussão entre ter ou não ter exército se torna intensa. A solução encontrada foi: surge e atravessa aquele período um sentimento crescente de civismo. De dedicação a cidade. Uma família se destaca em particular, a família Médici, que era dona da maior casa bancária de Florença.
Enquanto isso, a Igreja Católica estava uma bagunça, transferindo sua sede de volta para a cidade de Roma. Assim, a Igreja acaba ficando com dois Papas, um em Roma e o outro em sua outra sede. Acabam arrumando um esquema para resolver esse problema, elegendo um terceiro Papa em Florença. Esse era o Papa João XXIII. Porem os outros dois não renunciaram e derrubaram este terceiro.
Houve um entrosamento entre os filósofos gregos e a elite florentina. Esses gregos eram neoplatônicos. E de repente, os burgueses florentinos viram que em Atenas os cidadãos consideravam a cidade mais importante do que eles mesmos, o que fez com que os florentinos pagassem os filósofos gregos para que eles ficassem em Florença e ensinassem gregos aos mais jovens, além de traduzir textos do grego para o italiano. O que acaba surgindo em Florença é chamado cidadania neoplatônica, onde acabam sendo formados grandes intelectuais. Assim, Atenas começa a renascer em Florença.
Como já disse, Florença estava proibida de ter exército. Dado o fato de que a cidade ficava desprotegida, essa tensão se manifestava no Espírito Cívico Florentino, ou seja, se a cidade precisasse de seus cidadãos para protegê-la, eles estavam a disposição. Assim, em Florença, a maior qualidade de seus cidadãos era se dispor a ajudar sua cidade.
A noção de alma deixa de ser filosófica e passa a ser religiosa. A alma passa a ser um dado que “sempre existiu”, desde que Deus criou o homem. Florença começou a ficar mais e mais parecida com Atenas, inconscientemente. Predomina-se na cidade a filosofia Platônica, de modo que Atenas renasce em Florença, daí o termo Renascimento. Porém, o conceito Renascimento só nasce no século XIX, e a época não tinha nome até então. O movimento que havia entre eles era chamado de “Humanista”, que se dedicava a estudar a Antiguidade, usando cadernos que eles mesmos copiavam.
A Academia Neoplatônica foi fundada pela já mencionada família Médici, onde intelectuais iam cultivar as práticas humanistas, de modo que o modo como as pessoas se comportavam na cidade era baseado nos estudos humanistas. As obras, as peças, ficavam dispersas por toda a Europa, impossibilitando a criação de uma biblioteca. Assim, começaram a viajar para copiá-las e trazê-las para Florença.
Florença
Florença é uma cidade fundada durante o Império Romano. O exército romano invade uma pequena cidade chamada Frézole no centro norte da Itália, fazendo-a se tornar uma cidade romana, que acaba crescendo muito. Mas quando o império acaba, Florença entra em decadência, mas não morre. Passado o grande período ela se torna uma cidade mercantil, e, sendo a beira do rio, desenvolve uma feira dominical.
Assim, há um mercado que se desenvolve na cidade de Florença, e quando chegava o inverno, eles se dedicavam a lã, que era produzida dentro das casas. O que acontecia, então, é que nessa feira dominical, as pessoas vendiam, entre outras coisas, tecidos. Surge uma otimização da economia da lã. Com os navios florentinos, acabam surgindo mercados com produtos da lã em outras cidades. Pela primeira vez na história, monta-se um esquema de produção em que trabalhadores especializados em algo são contratados. É assim que começam a surgir os primeiros profissionais, trabalhadores que ganham dinheiro para exercer uma certa atividade. Isso tem como efeito uma eficiência econômica muito grande, de modo que Florença é capaz de absorver cidades com sua produção de lã.
Sendo uma cidade mercantil, Florença acaba desenvolvendo o banco, o que faz com que alguns banqueiros florentinos abram agencias de seus bancos em várias capitais européias. Uma série de coisas são os florentinos que inventam, inclusive a moeda interna, o florem. Desse modo, Florença desenvolve muitas práticas capitalistas, virando uma próspera cidade burguesa, capitalista e mercantil. O que acaba ocorrendo é o desaparecimento da nobreza florentina, pois os nobres não têm escolha a não ser se dedicar também ao comércio, que é uma atividade vil. Torna-se então a primeira cidade em que a burguesia é a classe dominante. Até existiam pessoas com títulos de nobreza, mas estes não serviam para nada.
Gradativamente, surgem famílias muito ricas e poderosas, e que acabam se tornando muitas da cidade. Quando Florença vai crescendo e se espalhando, surgem os chamados “quartieiri”, que são pequenos “bairros”, cada um comandado por sua família dominante. Assim sendo, quem dominaria todo esse conjunto de quartieiris que era Florença? Primeiro, teria de haver uma eleição. Depois, teria de ser alguém que fosse reconhecido por todas as famílias como responsável para tomar conta de toda a cidade. Portando, Florença seria uma democracia. Era uma cidade com um grande número de famílias poderosas, onde nenhuma delas poderia ter o poder. Porém, alguma dessas famílias vai ter um de seus membros no poder, em algum cargo. Votariam todos os homens livres, sendo uns trinta. Estes nomeiam cinco, que por sua vez nomeiam cinqüenta, e assim vai, até que finalmente “surge” um eleito.
Isto tudo condena Florença a ser uma cidade sem exército, pois com ele existiriam muitas guerras entre estas famílias. O que acontece então é que a discussão entre ter ou não ter exército se torna intensa. A solução encontrada foi: surge e atravessa aquele período um sentimento crescente de civismo. De dedicação a cidade. Uma família se destaca em particular, a família Médici, que era dona da maior casa bancária de Florença.
Enquanto isso, a Igreja Católica estava uma bagunça, transferindo sua sede de volta para a cidade de Roma. Assim, a Igreja acaba ficando com dois Papas, um em Roma e o outro em sua outra sede. Acabam arrumando um esquema para resolver esse problema, elegendo um terceiro Papa em Florença. Esse era o Papa João XXIII. Porem os outros dois não renunciaram e derrubaram este terceiro.
Houve um entrosamento entre os filósofos gregos e a elite florentina. Esses gregos eram neoplatônicos. E de repente, os burgueses florentinos viram que em Atenas os cidadãos consideravam a cidade mais importante do que eles mesmos, o que fez com que os florentinos pagassem os filósofos gregos para que eles ficassem em Florença e ensinassem gregos aos mais jovens, além de traduzir textos do grego para o italiano. O que acaba surgindo em Florença é chamado cidadania neoplatônica, onde acabam sendo formados grandes intelectuais. Assim, Atenas começa a renascer em Florença.
Como já disse, Florença estava proibida de ter exército. Dado o fato de que a cidade ficava desprotegida, essa tensão se manifestava no Espírito Cívico Florentino, ou seja, se a cidade precisasse de seus cidadãos para protegê-la, eles estavam a disposição. Assim, em Florença, a maior qualidade de seus cidadãos era se dispor a ajudar sua cidade.
A noção de alma deixa de ser filosófica e passa a ser religiosa. A alma passa a ser um dado que “sempre existiu”, desde que Deus criou o homem. Florença começou a ficar mais e mais parecida com Atenas, inconscientemente. Predomina-se na cidade a filosofia Platônica, de modo que Atenas renasce em Florença, daí o termo Renascimento. Porém, o conceito Renascimento só nasce no século XIX, e a época não tinha nome até então. O movimento que havia entre eles era chamado de “Humanista”, que se dedicava a estudar a Antiguidade, usando cadernos que eles mesmos copiavam.
A Academia Neoplatônica foi fundada pela já mencionada família Médici, onde intelectuais iam cultivar as práticas humanistas, de modo que o modo como as pessoas se comportavam na cidade era baseado nos estudos humanistas. As obras, as peças, ficavam dispersas por toda a Europa, impossibilitando a criação de uma biblioteca. Assim, começaram a viajar para copiá-las e trazê-las para Florença.